As argolas da proto historia

 

Se já viu artefactos encontrados em povoados da idade do bronze/ferro já deve ter reparado na abundância de argolas simples em bronze, á primeira vista podem parecer anéis, mas a sua forma bem como os seus variados tamanhos anulam esta hipótese, o que é curioso é que estas argolas são talvez o artefacto em bronze mais comum e omnipresente a todos os povoados da época, encontram-se em contextos funerários, e até em depósitos, qual seria a sua função?

 


A interpretação mais aceitada fora de Portugal é que estas argolas seriam uma ‘’moeda’’, isso realmente explica a sua abundância, mas a falta de paralelos etnográficos bem como a falta de necessidade de desenvolver uma moeda num período dominado por trocas de bens gera algumas questões.

Surge também a hipótese destas argolas fazerem parte de algum objeto de adorno, talvez se fizesse um colar com várias ou se pendurassem na roupa?

Podiam também ser ‘’lingotes’’, a forma da argola podia simplesmente ser a forma mais comum de vender bronze, talvez esta ideia seja suportada pelas desproporcionais quantidades de estanho presentes nas argolas, geralmente estas argolas têm uma percentagem superior de estanho em relação a outros objetos de bronze

Claro que não fica de fora a hipótese favorita de qualquer arqueólogo, as argolas também podem ter tido um papel em práticas religiosas ou rituais  poderiam ser utilizadas em oferendas, cerimônias ou como talismãs com significados simbólicos

Podemos especular muito sobre a sua função, o que sabemos ao certo é que eram objetos muito comuns no cotidiano das pessoas na proto historia

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